Programa de Pós-Graduação em História
Prêmios Melhores Teses PPGH - 2022
Este prêmio foi criado para homenagear as melhores teses e dissertações defendidas por nossos alunos ao longo de um ano. Ele é atribuído pela Comissão de Planejamento do PPGH/UFF (CPLAN/PPGH) que seleciona entre todas as teses defendidas as que receberam melhores pareceres das bancas.
Cristiano Ferreira de Barros
Doutor em história pela Universidade Federal Fluminense, mestre em história pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, graduado em história pela Universidade Gama Filho e graduando em filosofia pela Universidade Federal Fluminense. Atua como técnico em assuntos educacionais na Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense.
Tese: Michel de Certeau, a teologia e a história
ORIENTADORA: Renata Torres Schittino
Priscilla Perrud Silva
Licenciada em História (2012), Especialista em Patrimônio e História (2014) e Mestre em História Social (2016) pela Universidade Estadual de Londrina – UEL. Doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense – UFF (2021), com a tese intitulada: “O Universo Menteniano: Paulo Menten e os Mundos da Arte da Gravura no Brasil do Século XX”, sob orientação do Prof. Dr. Paulo Knauss de Mendonça. Já atuou junto ao Laboratório de Estudos dos Domínos da Imagem na História – LEDI-UEL (2011-2012), ao Centro de Documentação e Pesquisa Histórica – CDPH-UEL (2012), ao Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss – MHL-UEL (2013) e à Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Londrina, por meio do Conselho Municipal de Políticas Públicas de Cultura (2015-2017) e do Museu de Arte de Londrina – MAL. Em 2014 foi premiada com o 1º Lugar no Concurso de Ensaios “A Construção da Identidade: Origem e História do Município” promovido pelo Instituto Histórico e Geográfico do Paraná – IHGPR. Atualmente está desenvolvendo pesquisas sobre os mundos da gravura de arte no Brasil nos séculos XIX-XX, com ênfase na obra do gravador Paulo Menten (1927-2011), atuando como pesquisadora no Atelier de Gravura Paulo Menten.
Tese: “O Universo Menteniano: Paulo Menten e os Mundos da Arte da Gravura no Brasil do Século XX”
ORIENTADOR: Paulo Knauss de Mendonça
Juliana da Conceição Pereira
A tese tem como objetivo principal analisar o processo histórico em que gêneros populares, identificados com a população negra, foram alçados a candidatos a cultura nacional. Essa foi uma experiência que pode ser observada em todo o Atlântico, diferentes encontros dançantes, fruto da diáspora africana, foram associados a nacionalidade e a modernidade pelas Américas. Nesse sentido, voltando-se para a experiência brasileira, esse trabalho acompanhou os movimentos de transformação do maxixe, uma manifestação cultural negra no Rio de Janeiro entre os anos 1870 e 1930. Mais que um ritmo, o maxixe foi analisado nesse trabalho como um campo forjado em disputas e negociações diversas. A fim de atingir esses objetivos, dividida em cinco capítulos, essa tese investiga fenômenos diferentes que eram ligados pelo mesmo nome. Em um primeiro momento, analisa as narrativas sobre o maxixe que o definiam como uma prática de dança negra associada ao bairro da Cidade Nova, no Rio de Janeiro, passando pelos bailes públicos denominados pela imprensa de maxixe, até chegar às disputas sociais, envolvendo sua inserção em diferentes áreas da indústria cultural. O corpo documental de análise se concentra na documentação da imprensa do período, em peças teatrais, capas de partitura e na documentação da Casa de Detenção. A partir do cruzamento dessas diferentes fontes, temas como blackface, racismo, brasilidade e mestiçagem perpassam todo o trabalho e foram analisados a partir de uma abordagem interseccional, a fim de demonstrar o modo como o campo cultural foi um cenário privilegiado das lutas por cidadania. Importante ressaltar que nessa tese também se buscou aproximar os campos de estudo de pós-abolição e mundos do trabalho, na medida em que se demonstrou como os recortes de raça, de classe e de gênero se entrelaçam e foram fundamentais para que diferentes sujeitos não brancos elaborassem estratégias de sobrevivência, de afirmação social, de novas representações de si e de luta antirracista.
Tese: Da Cidade Nova aos Palcos: Uma história social do maxixe (1870-1930)
ORIENTADORA: Martha Campos Abreu, UFF (Orientadora) Matthias Wolfram Orhan Röhrig Assunção, ESSEX (Coorientador)
Otávio Augusto Cunha
Doutor em História pelo Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (PPGH – UFF), Mestre em Comunicação e Cultura pelo Programa de Pós Graduação da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (ECO – UFRJ) e Graduado em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Foi membro do Grupo de Estudos Marxistas em Comunicação e Cultura (GEMCCULT), Coordenado pelo Professor Dr. Eduardo Granja Coutinho e do Grupo de Trabalho e Orientação (GTO), coordenado pela professora Dra. Virgínia Fontes. Desde 2011 atua como professor da rede privada no Estado do Rio de Janeiro.
Tese: CAPITAL-IMPERIALISMO E ORGANIZAÇÃO DA CULTURA: O PAPEL DA FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO NA BUSCA DO CONSENSO CAPITALISTA (1977 – 2021) Orientador(a) Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ORIENTADORA: Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes
Vinicius Alves do Amaral
O historiador amazonense Arthur Cezar Ferreira Reis (1906-1993) construiu uma carreira sólida na cena intelectual e política brasileira entre regimes autoritários e democráticos, sem com isso ter sofrido um decréscimo em seu prestígio. A presente tese tem como objetivo maior analisar o que terá permitido que este personagem tão contraditório e ambíguo se mantivesse relevante entre as décadas de 1950 e 1970, ao ponto de ser indicado para chefiar órgãos de desenvolvimento regional, como a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA) e cargos políticos, como o estado do Amazonas. Para tanto será necessário compreender as origens sociais e a formação intelectual e política do referido historiador, que remonta à década de 1930, e as redes de sociabilidade e experiências construídas após o fim do Estado Novo. Devido ao pouco estudado período em que Arthur Reis governou o Amazonas, entre 1964 e 1967, considerável parte da pesquisa concentra-se em explorar as articulações e tensões presentes entre o governador, os militares, as elites locais e os intelectuais.
Tese: O “CRUZADO AMAZÔNICO”: A TRAJETÓRIA PÚBLICA E O GOVERNO DE ARTHUR CEZAR FERREIRA REIS (1930-1967)
ORIENTADORA: Karla Guilherme Carloni
Thiago Machado de Lima
O objetivo desta tese é compreender os impactos do golpe de 1964 no Poder Legislativo da Bahia analisando a repressão, ações, acomodações e resistências de deputados e suplentes e os caminhos que a instituição percorreu dentro do Estado de exceção que se instaurou no Brasil após o fim do jogo democrático. O foco temporal da análise recai sobre a 5a legislatura, que transcorreu entre 1963 e 1967. Foi essa legislatura que vivenciou o processo de transição de um Estado democrático de direito para um Estado ditatorial, abarcando o fim do governo João Goulart e o primeiro governo da ditadura, o do marechal Castelo Branco. O trabalho desenvolve-se na interface entre a História Política e Cultural e a partir do tema proposto contribui para aprofundar os debates sobre as relações entre democracia e ditadura na história do Brasil republicano. O corpus documental utilizado para a pesquisa contempla fontes legislativas, jornalísticas, eleitorais e militares.